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ToggleCuritiba, 17 de agosto de 2017, escrito por Gilson Rodrigues. Amada e odiada, aceita e rejeitada, a tattoo já serviu para enfeite de pessoas poderosas; Foi e é usada por bandidos, mostra preferências pessoais e até pode esconder imperfeições no corpo.
A tattoo pode ter mudado ao longo da história, mas a técnica de aplicação da tinta na pele continua. Mesmo com tanto tempo de uso, ela só pode ser feita através de agulhas perfurando a pele.
A tattoo atende muito mais o individualismo. Pessoas fazem da própria pele uma forma de mostrar seus valores e suas ideias, ou mesmo por pura vaidade. No entanto, já foi banida por decreto papel e proibida em Nova York.
Um dos primeiros registros de nossa sociedade contemporânea com relação à tattoo foi feito pelo capitão inglês James Cook. Isso ocorreu quando estava navegando pelo mundo e entrou em contato com os nativos do Taiti.
Os taitianos a chamavam de “tatau”, em razão do ruído provocado pelos instrumentos usados para sua confecção. Desse nome, é que surgiu o que chamamos de “tattoo”.
A tattoo, no entanto, não começou no Taiti. No Egito Antigo ela era usada por faraós. O próprio homem de Otzi, congelado e morto há mais de 5.300 anos, tinha tatuagens por todo o corpo. As mais de cinquenta tatuagens que ele usava tinham significado religioso.
Além dos egípcios, também os pictos, um povo que vivia no norte da Europa, costumava usar tattoo. Aqui no Brasil, antes do descobrimento, muitas tribos aplicavam tatuagens pelo corpo, como os waujás e os kadiwéus. Eles as usavam para expressar rituais de passagens e reverência aos deuses da natureza.
A tattoo, na história, começou como uma maneira de expressão da personalidade ou mesmo de pessoas de uma mesma tribo, que apresentavam as mesmas características religiosas e sociais.
Os povos primitivos costumavam usar a tatoo para ritos de passagem ou fatos de sua vida, como nascimento, puberdade ou morte, ou mesmo para destacar sua posição, como sacerdotes ou reis, guerreiros, prisioneiros, entre outros, além de para pedir proteção aos deuses e garantir sua vida depois da morte.
No começo do cristianismo, a tattoo era uma forma de reconhecimento entre cristãos, perseguidos pelos romanos, que se identificavam com cruzes, com a figura de um peixe ou com as letras gregas IHS.
No mundo moderno, a tattoo chegou a passar por muitos anos de marginalidade, antes de se tornar uma forma de expressão mais relevante, depois que artistas de música e cinema começaram a fazer uso dela.
Como forma de expressão individual, mostrando uma arte e uma estética, a tattoo atualmente pode ser considerada como obra de arte, feita com traços mais finos e com cores mais destacadas.
Para o público feminino, a tattoo ainda é algo bastante recente, já sendo vista como uma coisa normal, embora já tenha sido considerada como bizarrice, chegando ao ponto de serem atrações de circo, com tatuagens no corpo todo.
Embora seja hoje uma arte, a tatoo também já serviu para fins criminosos, como os judeus, prisioneiros na Segunda Guerra, que eram marcados e numerados pelos nazistas quando chegavam aos campos de concentração.
O precursor da tattoo moderna no Brasil foi um dinamarquês, Knud Harald Luchy Gegersen. Mais conhecido como Luchy ou Mr. Tattoo, chegou no Brasil em 1959, estabelecendo-se em Santos, no litoral paulista. Luchy começou a aplicar o seu talento de desenhista, se tornando um dos mais afamados tatuadores.
Luchy se tornou notícia nacional, chegando a ser considerado o único tatuador profissional da América do Sul pelo jornal O Globo, em 1975. Por muito tempo, ele continuou sendo o único tatuador profissional, até que outros começaram a aparecer, herdando dele suas técnicas e sua arte de fazer tattoo.
Atualmente, existem diversos tipos de tattoo, feitas com as mais variadas técnicas e apresentando os mais diversos resultados. Entre os tipos de tattoo utilizados, podemos destacar os seguintes:
Independentemente de seu estilo, dos desenhos e das cores, a tattoo é hoje uma expressão da personalidade de seu usuário.
Ao fazer uma tattoo, sempre pense em algo bem definido, escolhendo criteriosamente o símbolo a ser usado. Lembre-se que é algo definitivo em sua pele e que vai marcá-lo pelo resto de sua vida.
Da mesma forma que a tatoo maori, a tattoo é uma expressão da vida de quem a escolheu.
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