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ToggleCuritiba, 9 de janeiro de 2018, escrito por Gilson Rodrigues. Todo mundo conhece alguém que tem uma tatuagem gravada na pele. Usadas para marcar algum momento, prestar uma homenagem ou somente para embelezar o corpo, a tatuagem tem sua origem na antiguidade, chegando aos nossos tempos através de studio tattoo, onde podem ser feitas de forma bastante segura.
Os estilos de tatuagens foram mudando ao longo dos tempos, da mesma forma que as pessoas que hoje as ostentam, dos mais diversos tipos e pensamentos, com os diferentes estilos recolhidos por studio tattoo em todas as civilizações e cantos do mundo.
O que sabemos atualmente é que a prática de fazer tatuagens é tão antiga quando a própria civilização. No entanto, também sabemos que é impossível comprovar esse fato através da pele de gente que viveu tão remotamente no passado.
Mas podemos ver isso no Egito Antigo, com múmias do sexo feminino, como a múmia de Amunet, uma mulher que morreu em 1994 a.C. e que possui traços e pontos na região do abdômen, revelando que o povo egípcio, mesmo não tendo um studio tattoo, fazia tatuagens como um culto à fertilidade.
Mais antigo do que esse registro podemos encontrar no Homem do Gelo, uma múmia de 5.300 anos que foi encontrada nos Alpes em 1991. Seu corpo trazia linhas azuis, que podem ser um dos mais antigos registros de tatuagem já encontrado na história.
A tatuagem, de acordo com os estudiosos, deve ter começado para tentar preservar a pintura do corpo. Um dos objetivos seria possibilitar que uma pessoa registrasse sua história, carregando-a na própria pele.
A artista plástica Célia Maria Antonacci Ramos, da Udesc – Universidade do Estado de Santa Catarina e autora do livro “Teorias da Tatuagem”, é uma grande estudiosa do assunto.
De acordo com Célia Maria, o uso da tatuagem se espalhou por todos os povos, tendo diferentes finalidades, desde rituais religiosos até marcação de prisioneiros e escravos, como ocorria no Império Romano.
Entre os povos ocidentais, a tatuagem foi proibida pela Igreja Católica, atendendo o que está escrito no Levítico, do Antigo Testamento, que impede o uso de incisões no corpo.
Contudo, os povos orientais tinham seu próprio studio tattoo, como descobriu James Cook, em 1769, durante sua expedição à Polinésia, onde registrou esse costume no seu diário de bordo: “Homens e mulheres pintam seus corpos. Na língua deles, chamam isso de tatau”.
Os polinésios injetavam pigmento preto sob a pele e o traço se tornava definitivo, conforme afirmou James Cook.
Charles Darwin, um século depois de James Cook, confirmou que a maior parte dos povos primitivos praticava ou havia praticado a arte da tatuagem.
Em 1891, nos Estados Unidos, foi inventada a máquina elétrica de tatuar e o uso de tatuagem assim como a criação de studio tatoo se espalhou pela Europa e pelos Estados Unidos. Agora, no século XXI, a pele desenhada é uma moda das mais duradouras entre pessoas de todas as idades.
Um studio tattoo aplica a tatuagem com o uso de agulhas especiais, sendo esta a técnica mais comum. A tinta é depositada na camada subcutânea, formando o desenho que a pessoa desenha e permanecendo de forma definitiva na pele.
Além da técnica utilizada atualmente, existem outras, como a técnica sumi, que utiliza bambu em vez de agulhas.
Tendo sido descoberta na múmia do Homem do Gelo, não temos como descobrir como surgiram as tatuagens. Imagina-se que tenha sido feita no início como fator distintivo de tribos e clãs.
Depois, com o tempo e a evolução social, a tatuagem passou a ser o que conhecemos hoje, como uma expressão de personalidade, ou uma marca particular da pessoa.
Para o jornalista João do Rio, o homem perdeu primeiro o pelo, mas descobriu depois a tatuagem.
Uma das formas usadas de tatuagem era marcar fatos de cada fase da vida, como, por exemplo, o nascimento, a puberdade, o casamento e por aí afora. Nos tempos modernos, a tatuagem começou a se espalhar entre os marinhos, tornando-se comum, depois entre os presidiários.
Na mulher, o gosto pela tatuagem ainda é recente, já que era visto como bizarrice na época em que a tatuagem era marginalizada.
Como lembramos no início deste artigo, o registro mais antigo de tatuagem foi encontrado no cadáver congelado de Ótzi, um homem da Idade do Cobre, morto nos Alpes.
Segundo os arqueólogos, o corpo de Ótzi estava congelado há mais de 3.300 anos antes de Cristo. No seu corpo foram descobertas linhas nas costas, nos tornozelos, nos punhos, nos joelhos e nos pés.
Como não havia qualquer studio tattoo naquela época, a suposição é que tenham sido feitos através da fricção de carvão, em cortes verticais feitos na própria pele.
Os pesquisadores, depois de estudar o corpo com exames de raio X, descobriram que havia degenerações nos ossos ao lado de cada uma das marcas, o que levou a acreditar que o povo daquela época, ancestrais de grande parte dos europeus atuais, usasse os desenhos como um tratamento para reduzir a dor.
No entanto, hoje se sabe que as tatuagens possuíam outros significados, em cada cultura. A revista National Geographic publicou uma reportagem onde mostrou mulheres dançando em funerais no Egito Antigo há 2 mil anos antes de Cristo, que tinham desenhos abstratos, com traços e pontos.
No Egito, as tatuagens evoluíram, passando a representar, muitos anos mais tarde, a deusa egípcia da fertilidade e da proteção aos lares, chamada Bes.
No Império Romano não era permitido qualquer studio tattoo. Os antigos romanos não aceitavam tatuagens porque acreditavam na pureza da forma humana. Assim, tatuagens somente eram feitas em criminosos e condenados, para que ficassem marcados.
No entanto, como tudo muda com o tempo, os romanos também mudaram sua visão com relação às tatuagens, certamente motivados pelos guerreiros da Grã-Bretanha. Esses guerreiros marcavam o corpo com sinais que honravam sua luta e sua bravura.
Como os romanos passaram a gostar da ideia, em pouco tempo também se viam tatuagens gravadas na pele dos soldados, surgindo no Império Romano os studio tattoo, com médicos que desenvolveram técnicas as mais variadas, tanto para aplicar quanto para remover os desenhos.
O tempo passou e, durante as Cruzadas dos séculos 11 e 12, as tatuagens continuavam a ser usadas para identificar os soldados que iam lutar contra os mouros em Jerusalém.
Mas, nesse caso, o desenho era um só: uma cruz, para que recebessem um enterro cristão, no caso de serem mortos em batalha. Depois das Cruzadas, segundo a revista National Geographic, as tatuagens novamente caíram em desuso na Europa, embora outros povos continuassem com a tradição.
Conhecemos hoje um local para fazer tatuagens como studio tattoo. Esse nome, tattoo, é originário dos povos que habitavam as ilhas do Pacífico, quando os ingleses os descobriram.
Os marinheiros europeus do século 18, tiveram o primeiro contato com povos que habitam as ilhas e que apresentavam as tatuagens como símbolo de sua cultura.
Nas ilhas havaianas, por exemplo, quando uma pessoa ficava de luto devia marcar três pontos tatuados na língua. Em Borneo, por outro lado, as pessoas gravaram a imagem de um olho na mão de quem tinha morrido para servir como guia espiritual na vida pós a morte.
O povo Maori, da Nova Zelândia, tinha nas tatuagens uma forma de identificar a família e contar a sua própria história. Aliás, essa é uma das tatuagens preferidas atualmente, embora existam poucos especialistas com studio tattoo nesse tipo de tatuagem.
A palavra tattoo, que usamos hoje, veio de tatau, que não era exatamente o nome da tatuagem, mas sim a forma como o desenho era feito, fazendo a tinta penetrar na pele. Um dos instrumentos que os nativos utilizavam para fazer o desenho era uma concha afiada, presa numa vareta de madeira.
No Japão, a tatuagem é uma prática conhecida e difundida desde 500 anos antes de Cristo, sendo usada para embelezar o corpo ou para marcar criminosos.
No entanto, a prática foi proibida em 1870, o que fez com que os donos de studio tattoo da época atendessem ilegalmente, dando origem aos desenhos que são reconhecidos como tipicamente japoneses atualmente.
Uma das principais referências de tatuagem no Japão é a Yakuza, a máfia japonesa, que utiliza uma técnica denominada tebori, mais rudimentar, mais demorada e dolorida do que as máquinas usadas em studio tattoo de hoje.
Os membros da Yakuza cobrem o corpo todo com desenhos cheios de significados, como carpas, tigres, dragões e flores, entre outros.
Samuel O’Reilly foi o inventou da primeira máquina elétrica para fazer tatuagens no mundo, abandonando as ferramentas antes usadas. A tatuagem, a partir do começo do século 20, passou a ser vista como uma forma de expressão, principalmente para marinheiros e veteranos da II Guerra.
As tatuagens, ao longo de sua história, sempre criaram polêmica, além do que também foram alvo de preconceitos. Hoje, as pessoas que carregam tatuagens, não são mais de grupos específicos, mas sim apenas pessoas que gostam de tatoo.
A popularização de tatuagens é tanta que existem até feiras e convenções organizadas nos mais diversos países, reunindo um público totalmente diversificado, que tem como único ponto em comum o interesse pelos desenhos na pele.
A história da tatuagem é bastante interessante e você pode conhecer mais sobre ela conhecendo os responsáveis por studio tattoo. Ao mesmo tempo que faz sua tatuagem, você adquire cultura.
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