Areola de Seios de Mulheres Que Sofreram Câncer de Mama Pode Ser Redesenhada

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Curitiba, 2 de abril de 2017, escrito por Gilson Rodrigues. E assim, do nada, elas perdem o cabelo, a aréola do seio ou até a mama inteira. Com isso, é claro, não sobra muito para a autoestima. Viviane, Andrea e Virginia encontraram o câncer de mama de maneiras diferentes, mas as três perderam um dos seios na cirurgia para retirar os tumores.

Entre exames invasivos e diagnósticos inesperados, essas mulheres redesenharam a aréola do seio usando técnicas de tatuagem.

Constantemente, para assegurar que não exista um retorno do câncer, os médicos retiram todo o seio das mulheres. Diversos estúdios já têm tatuadores especialistas na técnica de redesenhar aréola. Eles a descrevem como uma alquimia de cores.

A Tatuagem Que Imita a Aréola

Para deixar uma cicatriz apagada, às vezes é necessário tinta e agulha. A estratégia não acaba com a marca, mas encobre-a. Fazer uso da arte para ocultar insatisfações estéticas, esse é um dos recursos mais ilustres da tatuagem.

Em mulheres que passaram pela batalha de um câncer de mama, os rabiscos são utilizados para imitar a anatomia e, assim, redesenhar a aréola.

Os tatuadores usam a mesma tinta de  tatuagem, fazendo com que o desenho dure e quase não precise de retoques. Se por acaso a cliente quiser que dure menos, basta fazer uso da mesma tinta de micropigmentação de sobrancelha. É praticamente pintura!

Elas Sobreviveram ao Câncer

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Quando Virginia Castro deu a reportagem ainda estava com o peito “parecido com um joelho”, como ela mesma disse.

A sessão não durou nem 30 minutos e o espaço em branco da pele foi substituído por um desenho em 3D. Quem vê não percebe grande distinção entre a aréola desenhada e a natural.

No momento em que terminou, ela disse que não dava para acreditar, mas era a aréola de um seio.

Para deixar em alto relevo, existem técnicas diferentes. No momento da cirurgia plástica para colocar a prótese de silicone, algumas mulheres já solicitam para que o médico faça um pequeno “nó” que simule a aréola.

O método mais comum usado pelos tatuadores, no caso da impossibilidade desse procedimento durante a cirurgia, é usar cores e sombras deixando a impressão de relevo.

Além da tatuagem da aréola, também tem a aplicação da técnica para deixar o aspecto da cicatriz melhor.

Metástase

Viviane Assis de Souza Roos, de 38 anos, tinha um grande desejo de engravidar aos 36 e por alguma razão não conseguia. Foi ao médico realizar alguns exames e foi encontrado o câncer de mama.

Ela teve que escutar que provavelmente não ia ser mãe. Um diagnóstico mostrou, no dia 27 de setembro de 2013, que além de não poder ser mãe, ela tinha microcalcificações no seio.

Em 15 dias, saiu na biópsia que o câncer era maligno. Na época do Natal seguinte, Viviane já não tinha mais cabelo.

Após radioterapia, quimioterapia e mais de 20 tipos de remédios diários, ela finalmente decidiu que ia adotar um bebê.

Quando estava preste a ir à entrevista com o psicólogo para dar continuidade ao processo, descobriu que o câncer tinha se espalhado pelos ossos do pescoço e da cabeça. É a conhecida metástase, quando a doença alcança outras partes do corpo.

Ela diz que realizar o processo da tatuagem foi como um refresco.  Ela diz que descobriu a metástase em agosto e fez a tatuagem em setembro. Então, foi como se ela pudesse respirar, uma coisa muito boa. Vieram todas aquelas notícias, o diagnóstico, mais remédios e efeitos colaterais, e então, vem uma coisa boa e torna tudo mais suave.

Lado Bom

No lugar da cicatriz, Andrea Cristina de Oliveira, de 41 anos, colocou uma linda flor.

Ela encontrou o nódulo em 2005 e, três anos depois, recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Com o toque ela sentiu o nódulo. O tumor tinha quatro centímetros. Andrea ainda não conseguiu se curar, e conforme os últimos exames, ela também teve metástase.

Segundo Andrea é um choque, você não acredita na possibilidade e ela luta diariamente com isso.

Andrea lidou com diferentes estágios e chegou até a ter depressão. Até que repente, como ela mesma disse, começou a ver o lado positivo da doença e se permitiu saborear coisas novas.

Pulou de paraquedas, fez uma viagem em um navio temático, ficou 3 dias em festas, sem parar, deixou as roupas pretas de lado e ficou com as coloridas.

Segundo ela mesma, é isso que o câncer faz, ele te sacode. Você pensa que vai morrer amanhã, então precisa fazer tudo hoje.

Seis Cirurgias

Virginia Castro, de 54 anos, já possui um histórico de câncer na família. Por isso, a cada seis meses, ela ia ao Hospital do Câncer para fazer exames. Em uma dessas visitas, em 2011, a doença foi detectada.

Ela conta que tinha muito medo da quimioterapia. Era o que mais a deixava apavorada.

Virginia ficava muito assustada com a quimioterapia e com toda a possibilidade de perder seu cabelo.

Nessa época, ela tinha saído de um emprego de 25 anos e terminado seu casamento de 25 anos também. Como ela conseguiu detectar a doença rápido, não foi necessária a realização da quimioterapia.

Ela estava passando por um momento de grande transição e quando se mudou, estava montando tudo na sua nova casa e teve que fazer a mamografia.

A primeira cirurgia foi em somente um quadrante do seio. Na hora de tirar os pontos, o médico disse que ela teria que tirar toda a mama, pois o câncer era muito agressivo. Foi então que ela ficou sem a mama, inclusive a aréola.

Depois da retirada, quando veio o novo resultado da biópsia, não tinha metástase. E, por isso, não foi necessário fazer todo o tratamento desgastante da quimioterapia. Mas mesmo assim, ela teve que fazer mais 4 cirurgias para arrumar a mama, já que o corpo não aceitou a prótese de silicone.

Após a última intervenção, ela fez a tatuagem na aréola.

Ela diz estar praticamente curada, pois o risco de um retorno do câncer após 4 ano, segundo seu médico, é mínimo.

Histórias como essas são verdadeiras lições!

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Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.